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quinta-feira, 17 de junho de 2010

WORLD CUP



Campinho de futebol

De quatro em quatro anos, desde a tenra infância, o pequeno brasileiro vê seus ídolos brilharem em gramados internacionais e degusta minuciosamente a cada instante dos jogos do Brasil, vestido e pintado de verde e amarelo, estagnado, eufórico e esperançoso em frente à tela da televisão ou com o ouvido grudado no radinho.
Esse pequeno brasileiro aprendeu a amar o esporte, que há décadas tornou-se a paixão nacional e em seio familiar essa semente foi plantada e cultivada, ela é transmitida de geração em geração, alimentando a chama da emoção que move nosso fértil país de tantos talentos exportados; paixão esta criada por um estrangeiro - um inglês chamado Charles Miller.
As nações estrangeiras, desde a época do nosso rei Pelé, perseguem nossos talentos natos já no útero de suas mães e os seduzem com cachês milionários e em anexo trazem contratos publicitários que os jogam na mídia continua, transportando sua imagem de esportista, de jogador de futebol também em celebridades mundialmente conhecidas e assediadas, cujos passes valem milhões de reais, dólares ou euros.
Este guerreiro dos gramados contempla no cotidiano seu tema favorito desde moleque, como uma ação necessária e complementar à engrenagem de sua vida a principio sofrida, transportando para si as expressões de alegria e tristeza, após cada gol contra ou a favor a que lhe é cometido.
Ainda infante, o pequeno brasileiro sonhava em ser uma estrela de futebol e brilhar dentre os onze jogadores em campo, num lindo tapete verde com desenhos geometricamente traçados, assim como as estrelas radiantes que iluminam o fundo azul celeste de nosso céu; além é claro, de nossa identidade mundialmente conhecida, apresentada no final de cada evento esportivo, ou seja, nossa bandeira brasileira.
Seu pequeno e notável ser, único dentre todos os outros povos deste planeta, torna-se rapidamente um gigante feroz, toda vez que ele pisa em seu pequeno campinho de futebol, seja este num descampado do seu bairro, no clube de sua cidade, no estádio do Morumbi ou do Maracanã; ou ainda melhor, na grandiosidade do rico solo vermelho do coração do nosso povo brasileiro.

David Lorenzon Ferreira – Rio Claro, 30 de abril de 2006.

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