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sexta-feira, 10 de setembro de 2010



Identidade própria

Sou um ser encarnado, renascido!
Na pele de um poeta brasileiro festeiro!
Nascido em solo rio-clarense e paulista,
Em um país tropical, fenomenal!
Sou homem, sou filho, sou um menino crescido,
E quem sabe um dia, um apaixonado namorado!
Agora sou estudante, sou pedagogo, professor, um educador!
Sou neto, sobrinho, irmão e primo;
Sou amigo de meus amigos,
Sou o que sou e é isto o que eu sou,
Somente isto e apenas eu!
Filho do homem e filho de Deus!
Muito prazer, meu nome é David!

David Lorenzon Ferreira
03 de setembro de 2010
www.clirc.com.br

domingo, 18 de julho de 2010

Chuva






Neste dia chuvoso
Com você quero estar
Debaixo das cobertas
Bem quentinho pra te amar

Os pingos lá fora
Faz-nos embalar
Em um doce sonho
Onde você está!

Abraçado com você
Sinto meu corpo flutuar
Tão seguro e protegido
Que não quero mais levantar.

David Lorenzon Ferreira
20/01/2008, 14h38min

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Uma inestimável perda para o Patrimônio Histórico e Cultural de Rio Claro/SP





Nero tupiniquim



Indignação, revolta, repúdio – é o que podemos sentir por esses bárbaros, pobres de espírito e sem cultura, sem respeito ao patrimônio da humanidade, não somente de suma importância local, mas também mundial. Não é a toa que o brasileiro é considerado um povo sem consciência histórica e cultural, uma gente que não dá valor às raízes de sua história, um povo que não cultiva a continuidade histórica, política e social, um povo que dá mais valor à cultura estrangeira do que a nossa própria cultura.



Como se não bastasse o incêndio proposital ocorrido na Escola Estadual Joaquim Ribeiro (localizada na Rua 6, entre Avenidas 13 e 15 no centro de Rio Claro/SP, ocorrido no dia 27 de maio de 2010), esta madrugada de 21 de junho, esse ou esses Nero (s) tupiniquins destruíram o Museu Histórico e Pedagógico Amador Bueno da Veiga (localizado na Avenida 2 com a Rua 7, no centro de Rio Claro/SP), apagando parte de nossa memória e herança cultural. Peço desculpas aos indígenas denominados tupiniquins, pois vocês não são capazes de destruir sua própria cultura, pois vocês lutam para que as tradições de seu povo indígena, que é nosso povo também, se mantenham vivas através da perpetuação das tradições que seus filhos transmitirão para os filhos de seus filhos ad eterno.



Nem os animais destoem seu meio, porque é que essas “coisas” talvez “humanas” e depreciativas como esses indivíduos, se acham no direito de apagar uma herança que não é somente sua?



Se esses selvagens se acham no direito de usurpar a demente idéia de Nero (imperador na Roma antiga no ano de 64 d.c.; Nero Cláudio César Augusto Germânico, em latim Nero Claudius Cæsar Augustus Germanicus (nasceu em Antium, em 15 de dezembro de 37 d.C., morreu em Roma, em 9 de junho de 68), foi um imperador romano que governou de 13 de outubro de 54 até a sua morte, a 9 de junho de 68) e sair pelas ruas de Rio Claro ateando fogo no patrimônio histórico e cultural de nossa cidade, por que é que não podemos, quando esses bárbaros selvagens forem presos, julgá-los e condená-los à fogueira no tribunal da “Santa Inquisição” pelo pecado e barbárie do extermínio, aniquilação e assassinato de nossa memória, pela memória de nossos filhos, herança deixada por nossos, pais, avós, bisavós, tataravós, ou seja, pelo registro de nossa cultura, mesmo que a maioria do povo não a tenha tomado como “sua”, adquirido conhecimento, cultura e respeito por tudo aquilo que o antecedeu nesta terra.



David Lorenzon Ferreira

CLIRC – Centro Literário Rio Claro / 21 de junho de 2010

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sexta-feira, 18 de junho de 2010




Títulos e titulações toscas

Cara de paisagem ou carranca de gárgula
Pessoas soberbas com expressões bestas
Se sentem superior por terem curso superior
Se sentem deuses da pós ao mestrado
Certificam-se do poder no doutorado
Mas, se forem além, no pós-doutorado
Proclama-se o Alpha e o Ômega por fim
Santificando-se para todo o sempre
Nas escrituras do Currículo Lattes.

David L. Ferreira
18/06/2010

quinta-feira, 17 de junho de 2010

SANTA INQUISIÇÃO!




Fogueira

Queime!
Para que seus pecados não o condenem
Livre-se da sina sofrida que o mal lhe manteve
Renegue ao falso senhor da perdição e da morte
Cuja predileção favorita é cegar-lhe os olhos

Queime!
Para que sua alma descanse em paz
E tu chegues ao céu limpo como o mais puro ar
Que nosso Pai Eterno borrifou de seu santo lar
Onde não haverá mais dor, ódio ou rancor

Queime!
Para alcançar a redenção eterna
Recomece na outra vida sem qualquer maldição
Receba as chamas na carne agora
Para que haja luz em seu espírito outrora.

David L. Ferreira
www.clirc.com.br
05 de junho de 2010

Transporte escolar universitário ilário




Embarque às 18h30min


Durante oito meses, de segunda à sexta-feira, eu embarcava no transporte escolar do Lúcio, uma perua adaptada para o transporte de até oito passageiros adultos, com destino à faculdade particular onde eu estudava. Lúcio tinha por volta dos seus quarenta e poucos anos, um homem de estatura mediana, entre um metro e oitenta a um metro e oitenta e três, gostava muito de jogar futebol e sempre estava de bom humor. É pai de dois jovens garotos, um de quatorze anos e outro de onze anos, casado com uma professora de ensino fundamental, que leciona numa escola particular desta cidade interiorana.
Sua esposa, Andréia, sempre que possível o acompanhava na jornada diária neste período em que ele nos transportava, quando ela não podia ir, uma irmã do Lúcio ou um de seus filhos o acompanhava. Éramos oito estudantes universitários: eu, Andrei, Cláudia, Marta, Sueli, Solange, Paula e Thiago.
Aparentemente éramos um grupo de estudantes comuns, mas que não sobreviveríamos juntos por muito tempo em qualquer outro ambiente, onde o tempo ultrapassasse aos quinze minutos de trajeto em que permanecíamos juntos, como por exemplo, em um treinamento isolado em uma floresta selvagem ou mesmo se fossemos inseridos e confinados numa casa de um programa do gênero Reality Show. Escondam as facas Por Favor! Olha a faca!
Todos nós somos dotados de uma personalidade heterogênica e mesmo que em alguns aspectos pudéssemos nos parecer, nossas diferenças eram bem mais marcantes e distintas, quase impossíveis de passarem totalmente despercebidas. Eu era o primeiro a embarcar e o último a desembarcar, isso devido a localização do bairro onde moro e ao trajeto pré-estabelecido pelo tutor do transporte.
Em seguida embarcavam Cláudia, Marta, Andrei, Thiago, Paula e por último, Solange. Esta era uma senhora com seus cinqüenta e poucos anos, ou até mais - quem sabe, professora já formada em magistério e que leciona no mesmo colégio particular de Ensino Fundamental onde Andréia trabalha. Ela está no quarto e ultimo ano do seu curso de Letras.
Em meu primeiro dia como passageiro fui advertido e alertado pelos outros passageiros que ela gostava muito de conversar. Por isso pediram para que eu nunca iniciasse uma conversa com ela cujo assunto poderia se prolongar e assim que estivéssemos perto de sua casa, nos calássemos mesmo que o assunto não estivesse morto, caso contrário ela poderia ficar falando por algum tempo, atrasando nosso regresso pra casa. Aff! Mas que sono! Particularmente achei um exagero por parte deles, pois tive a oportunidade de conversar com ela e sei que essa senhora é muito agradável. Mas como a maioria ali era bem mais jovem do que ela, esse apontamento foi corriqueiramente normal.
Paula ou “magrela”, era uma passageira de voz estritamente estridente e por algum motivo que desconheço, nunca fui com a cara dela ou não tive oportunidade para conhecê-la melhor. Será que teria sido diferente? Logo após nossas férias de Julho, ela nos deixou e por motivos particulares passou a ir para a faculdade de carona com uma de suas amigas. Em seu lugar entrou Daniela, conhecida e moradora no mesmo bairro em que Marta e Claudia residem.
Mas esta, por motivos de força maior e da gravidade da Terra, devido ao excesso de massa corpórea, despencou da cadeira que ocupava em seu trabalho por duas vezes, ficando afastado tempo suficiente para decidir trancar a faculdade e retornar no ano seguinte, quando já estará plenamente recuperada; e quem sabe até mesmo mais magra. Que abuso da minha parte!
Voltando a ex-passageira “magrela” e com voz de taquara rachada, ela era insuportável, sabíamos de todo o seu presente, passado e dos planos para o futuro em sua vida, naquele curto espaço de tempo do trajeto para a faculdade; “chata” era apelido para a senhorita “Olívia Palito” e sem Popeye nem Brutos para disputá-la. Pelo menos se estivesse amando, seria mais dócil. Eu acho! Será?
E como a desgraça nunca vem sozinha e tem sempre companhia, o ainda infante passageiro, Thiago, era proprietário de uma voz ainda de gênero indefinido, que somada a da magrela formava o som mais irritante que já tive o desprazer de ouvir. Felizmente para mim, ele quase sempre estava de péssimo humor, entrava rápido no transporte, nos cumprimentava rapidamente e em seguida calava sua matraca para a minha alegria, satisfação e paz de espírito. Meus tímpanos agradeciam!
Porém, ele era o problema mais grave que tínhamos dentro do transporte do Lúcio. Como ele ainda está saindo da adolescência com os seus dezoito ou dezenove anos, quando sua aula terminava mais cedo, ele queimava asfalto e ao invés de nos avisar na faculdade ou ligar para o Lúcio, simplesmente ia embora. Por várias vezes nos deixou plantados feitos palhaços sem picadeiro até o último minuto da hora combinada para a saída do transporte, no qual decide ligar para o celular do Lúcio e já em sua casa com a maior cara de pau, diz que se esqueceu de ligar mais cedo. É mesmo um jovem idoso e esquecido o pobre coitado.
Boca suja e palavrões, dentro do transporte não faltavam não. Com Sueli e Marta, tudo era festa e gozação. Que palhaçada descabida.

Dossiê Matracas de fogo: 1. Sueli, 2. Marta;

1. Sueli: mulher de baixa estatura e com sangue nas veias, senhora casada de respeito, jovem mãe de uma linda menina de três anos, estudante de direito, secretária em um escritório jurídico e consultora de produtos de beleza. Para falar com ela era necessário ter bons argumentos na manga, embasamento e conhecimento do que se estava falando, caso contrário ela fazia objeções e protestava, mudando o conteúdo e o rumo do que já fora citado em depoimentos anteriores. Caso encerrado! Próximo caso em andamento.
2. Marta: mulher de estatura mediana e também com sangue nas veias, solteira, trabalhadora e impulsiva. Luta por seus direitos e pelo que quer, porém utiliza palavras chulas e de baixo calão, que possivelmente saem de sua boca sem pensar, mas que cabem bem nas circunstâncias nas quais as mesmas são pronunciadas, sem medir muito as conseqüências, o lugar ou mesmo o seu destinatário. Seu olhar era feroz e afiado feito navalha.
O mundo é um circo, um picadeiro com grandes palhaços, uma peça encenada conforme convêm a grandes e a pequenos atores, de acordo com os atos das peças onde eles queiram contracenar. Bravo! Bravo! Bravíssimo!
Outro infante ainda verde, com papel a definir, Andrei é um menino que quer se descobrir. Diz que foi o que não é, mas parece reluzir, o gracejo que outrora, quando pensava ser menina manhosa. Este garoto tem vinte anos, trabalha para um jornal local, exerce cargo de “jornalista” e de “fotógrafo” e coisa e tal.
O trabalho enobrece o homem e provém o sustento de seu lar, mas trabalhar além da conta só traz prejuízos a sua saúde mental. Assim é Claudia, uma moça que trabalha de mais da conta, faz além de suas obrigações na fábrica de roupas onde trabalha e por isso todo dia tinha sempre de quem e do que reclamar. Foram idas e vindas sem cessar, reclamava e reclamava sem parar. Parecia um disco riscado sempre a rodar na vitrola de sua vida.
Não sou perfeito e tenho noção disto, tenho muitos defeitos a corrigir e muito ainda o que aprender, mas o que eu mais não suporto em mim, é a vontade espontânea de ajudar qualquer pessoa e até mesmo àqueles que me querem ou fizeram mal. Gosto de observar os defeitos das outras pessoas e reconhecê-los em mim, desta forma poderei corrigir-me e ajudar aos que querem ser ajudados.
Isso poderá me prejudicar também, como já ocorreu antes, mas esta é uma Terra de espiação e evolução, por isso estamos aprendendo com nossos erros e com os erros dos outros, para o beneficio de todas as almas aqui presentes. Façamos o bem sem olhar a quem, perdoemos os nossos ditos inimigos. Seguiremos nas veredas que escolhermos, colhendo os frutos das sementes que outrora semeamos e plantamos.
"Amai vossos inimigos, fazei bem àqueles que vos desejam o mal. Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso." (Lc 6, 31-36).

David Lorenzon Ferreira


Um sonho lá no Céu

Naquela manhã acordei com plena paz de espírito, despertei tranqüilamente de uma noite de sono agradável e sereno, meu corpo estava rejuvenescido e leve, tínhamos um céu de Brigadeiro lá fora e os pássaros cantavam nas árvores, aparentemente estava perfeito.
Assim que abri os olhos, lembrei-me do sonho maravilhoso que tive naquela noite. Lembro que acordei neste sonho no meio de um culto religioso, num lindo e iluminado templo com um teto bem alto, o ar estava claro e as paredes eram tão brancas que irradiavam luz, porém não havia altar e nem púlpito, não havia imagens religiosas de crença alguma e mesmo a Cruz de Cristo fazia-se ausente nas paredes.
Estávamos todos sentados em antigos bancos de madeira como os das igrejas católicas, dispostos no formato de um semicírculo como dos antigos teatros greco-romanos da antiguidade, todas as pessoas ao meu redor estavam felizes e prontas para me ajudar, em ‘algo’ que eu não entendia absolutamente nada a principio.
Eu sentia um amor verdadeiro no olhar das pessoas e neste instante de reflexão fui tocado no ombro direito por um homem de trinta e poucos anos, moreno claro, mais de um metro e oitenta de altura, usava barba bem tratada e uma veste bem clara, mas que não pude identificar o modelo de sua época. Ele apenas me tocara para chamar a minha atenção para o sermão que ele mesmo estava pregando, porém a única palavra que pude compreender vindas dele foi quando ele chamou um dos dois espíritos de luz, ou anjos, que estavam ao seu lado; cujas únicas palavras que pude entender dele foram: “- Anjo Gabriel, não é verdade o que vos digo?... - Anjo Gabriel, não foi assim que aconteceu?”.
Os rostos dos anjos eu não pude ver, eram altos e robustos, não tinham as famosas asas que conhecemos dos afrescos e imagens que decoram as igrejas católicas, porém deles vinha uma forte luz branca maior do que aquela que envolvia todo aquele templo.
Em seguida a cena muda e me vejo do lado de fora do templo, na frente de uma imensa porta de madeira que guardava aquele santuário. Partindo dela, nascia um caminho de pedras que se estendia até a rua, de cada lado havia plantas e flores que decoravam aquele jardim. Nesse momento enxerguei-me no meio de todas aquelas pessoas, que estavam comigo dentro do salão dos sermões. Virei-me para trás e dei de cara com uma moça loira de cabelo com um corte do tipo Chanel, de olhos verdes e muito sorridentes.
“- Oi?” disse-me ela.
O natural nesses casos seria dar a mesma resposta a quem nos cumprimentou, porém num súbito e espontâneo ato de firmação religiosa disse-lhe que eu era católico e ao mesmo tempo segurei o meu crucifixo, o mesmo que carrego em meu pescoço. Pensei que sua resposta fosse diferente de minha crença, mas ela respondeu tão espontaneamente o mesmo que fiquei sem mais o que dizer.
“- Eu também sou católica”.
Ao me virar para a rua novamente vi uma grande amiga paulistana pedir informações a uma senhora que transitava pela calçada. Sandra é o seu nome, uma morena de cabelos e olhos negros, estatura mediana, corpo esbelto, mulher de expressões e personalidade forte e marcante, segura de si e totalmente autoritária; ela mora no bairro Jabaquara, zona sul da cidade de São Paulo. Atualmente trabalha em sua nova profissão, cabeleireira. Nós nos conhecemos em 2003, quando trabalhamos juntos na central de atendimento de uma empresa de telefonia celular, como operadores de telemarketing, atendendo ligações telefônicas seis horas por dia. Quando pensei em ter com ela um dedinho de prosa, Sandra sumiu tão rapidamente quanto apareceu em minha frente.
Logo após olhei para cima a fim de ver o céu e fui surpreendido ao me deparar com a fachada de um edifício de uma empresa aérea já falida, mas que em meu sonho abrigava uma empresa de origem alemã e que mesmo conhecendo um pouco deste lindo idioma, não pude entender o significado em seu letreiro.
O estranho é que conheço bem esta região do Jardim Aeroporto, ali nas imediações do Aeroporto de Congonhas em São Paulo e sei que em frente ao mesmo edifício, não há igreja de religião alguma. Sendo assim, como ela estaria ali e como eu senti estar em outro plano que não este nosso plano mortal?
Tive esta duvida em meu sonho também, mas antes que eu pudesse questionar a alguém, todos já haviam voltado para o salão dos sermões e eu adentrei ao templo em busca deles. Ao chegar na porta de um salão onde pensei ser o culto, encontrei-a vazia e de repente comecei a sentir uma falta de ar seguida de um incomodo na garganta, mais parecido com aquela sensação de bala puxa-puxa quando entala na garganta.
Corri para o outro lado daquele imenso templo, vi uma moça trajada com um terninho azul marinho, pedi sua ajuda, pois eu estava sufocando, sentia-me completamente desesperado e quase não conseguia falar. Ela socorreu-me com um copo de água que trouxe numa bandeja, bebi imediatamente o liquido e pude então respirar normalmente. Já aliviado e vivo, perguntei-lhe pelo salão dos sermões, para onde fui encaminhado, onde tomei meu assento.
De volta às palavras sagradas me senti leve, estava transparente e flutuava em meu lugar como se o meu corpo não fosse mais físico e sim espiritual. O estranho era que minha alma compreendia e sentia o sentido das palavras que aquele Senhor pronunciava em seu sermão, correspondendo de imediato aos seus significados, mas as únicas palavras que eu realmente entendi foram: “Anjo Gabriel, não é verdade o que vos digo?... Anjo Gabriel, não foi assim que aconteceu?”. Depois de ouvir estas palavras novamente despertei deste lindo sonho, acordei em minha realidade mortal terrestre e sinto saudade do que vivi e espero reviver um dia, mas neste tempo estarei com os meus irmãos em Cristo e habitarei na casa de nosso Criador, nosso DEUS e PAI Eterno, em seu reino de glória e alegrias eternas, na cidade de Nova Jerusalém. Que assim seja! Amém!


David L. Ferreira 07/06/2006.
01/01/2007, 19h38min

PITBULL



Um encontro com o cão

Ao retornar da casa de minha avó por volta das 21hs, numa noite fria do inverno brasileiro, caminhava sossegado pelas ruas tranqüilas entre os bairros Cidade Nova e Bela Vista aqui na cidade de Rio Claro sem qualquer preocupação e bem pensativo, olhando para o céu estrelado. Como de costume, eu percorria o mesmo trajeto tanto na ida quanto na volta, passando por ruas vazias devido ao friozinho da noite.
Conversando com meus botões, pensava em minha vida até aquele momento, nos fatos cotidianos atuais e ao mesmo tempo fazia planos para o meu futuro, distraindo-me com tudo e com quase ninguém que se atrevia a caminhar pelo passeio público rio-clarense, observando a paisagem urbana deste meu interior, que naquela altura da noite, ganhara uma fotografia absolutamente distorcida daquela que temos sob a luz do dia; e jamais esperei ser encontrado pela criatura que surgiu do meio do nada, surpreendendo-me inesperadamente, quando ingressei numa rua tranqüila, arborizada e escura, porém sombriamente sinistra e deserta.
Ao chegar ao meio da quadra, notei a presença de um ser quadrúpede de cor escura vindo em minha direção, saltando do meio da escuridão como se ultrapassasse uma fenda ou um portal dentre os dois mundos, brotando espontaneamente. Sobre a luz do luar, logo o identifiquei. Era um cachorrão já adulto da raça American Standfordshire Pitt Bull Terrier, coincidentemente um cão da mesma raça que a minha doce e meiga Pitty lá de casa.
Gelei naquele instante da partícula do segundo entre a percepção da imagem da criatura através de um olhar de soslaio que dei e do toque de seu focinho gelado e úmido no meio do meu braço direito, ao mesmo tempo em que ouvi uma breve bufada e sua longa fungada em mim: Wolf, wolf, wolf....
Pensei que morreria ali ou ao menos que ficaria dilacerado e hospitalizado por um bom tempo. Apelei imediatamente ao meu anjo da guarda, suplicando também a DEUS para que nada de mal pudesse me ocorrer. No mesmo lapso de tempo percebi que havia uma pedra de tamanho razoável do lado esquerdo da rua e em ultimo caso ela me serviria de arma em minha defesa na lutar contra a fera bestial que se apresentava a mim naquele instante.
Em situações de perigo, de certa forma, toda a nossa vida passa diante de nós em poucos segundos, minha mente navegava em alta velocidade, fiz download instantâneo de minhas emoções e suposições: “ficaria sem o meu braço ou com ele todo moído”. Nesse momento não encontrei outra explicação de como me mantive tão sereno e tranqüilo ao lado daquele cavalo carnívoro e tenebroso, a não ser pela força que minhas orações me deram, senti que meu anjo da guarda estava ali me guiando com total segurança e zelo, tirando-me dali sem que eu sofresse qualquer mal.
Enquanto rezava e caminhava suavemente dentre a penumbra do meu caminho, não avistei nem ouvi uma só alma viva que pudesse me socorrer. Fiquei a pensar com os meus botões, como um cachorro dessa raça e desse porte pode transitar livremente pelas ruas de uma cidade e ainda mais desacompanhado de seu dono. Seria ele emancipado?
Após caminhar por quatro quadras em total procissão feroz, tomei da coragem ali presente e olhei para trás. Nada avistei além de uma rua plenamente vazia e silenciosa, virei para frente novamente e segui meu caminho cada vez mais rápido, até que cheguei a minha casa. Seria este cachorro um fantasma que fora enviado para testar minha fé ou apenas uma obra do acaso bem sem graça?
De qualquer forma, este tipo de experiência se aproxima de um renascimento pré-morte, onde tais ocorrências servissem de alerta para darmos o devido valor e importância às pessoas e ações que cometemos enquanto vivos, passando pelas provas que enfrentamos nas expiações a que somos postos a prova durante toda a nossa vida aqui na Terra.


David L. Ferreira
Agosto 2006

APPLE TREE



A macieira

Há muito tempo, uma bela árvore fora plantada no alto de uma colina há muitos anos, porém ninguém sabia quem a tinha plantado. Esta linda árvore era robusta, com troncos e galhos fortes e com uma exímia folhagem verde. Seus frutos nasciam, amadureciam e caiam sempre juntos.
Muitos homens que deles provaram nos contam que o sabor daquelas maçãs era tão doce quanto o mel.
Dos frutos que dela caiam, após rolarem colina abaixo, germinavam e deram origem a novas macieiras tão belas e fortes como esta matriz vegetal, espalhando-se por todo o mundo e alimentando a todos que tinham fome.


David L. Ferreira

WORLD CUP



Campinho de futebol

De quatro em quatro anos, desde a tenra infância, o pequeno brasileiro vê seus ídolos brilharem em gramados internacionais e degusta minuciosamente a cada instante dos jogos do Brasil, vestido e pintado de verde e amarelo, estagnado, eufórico e esperançoso em frente à tela da televisão ou com o ouvido grudado no radinho.
Esse pequeno brasileiro aprendeu a amar o esporte, que há décadas tornou-se a paixão nacional e em seio familiar essa semente foi plantada e cultivada, ela é transmitida de geração em geração, alimentando a chama da emoção que move nosso fértil país de tantos talentos exportados; paixão esta criada por um estrangeiro - um inglês chamado Charles Miller.
As nações estrangeiras, desde a época do nosso rei Pelé, perseguem nossos talentos natos já no útero de suas mães e os seduzem com cachês milionários e em anexo trazem contratos publicitários que os jogam na mídia continua, transportando sua imagem de esportista, de jogador de futebol também em celebridades mundialmente conhecidas e assediadas, cujos passes valem milhões de reais, dólares ou euros.
Este guerreiro dos gramados contempla no cotidiano seu tema favorito desde moleque, como uma ação necessária e complementar à engrenagem de sua vida a principio sofrida, transportando para si as expressões de alegria e tristeza, após cada gol contra ou a favor a que lhe é cometido.
Ainda infante, o pequeno brasileiro sonhava em ser uma estrela de futebol e brilhar dentre os onze jogadores em campo, num lindo tapete verde com desenhos geometricamente traçados, assim como as estrelas radiantes que iluminam o fundo azul celeste de nosso céu; além é claro, de nossa identidade mundialmente conhecida, apresentada no final de cada evento esportivo, ou seja, nossa bandeira brasileira.
Seu pequeno e notável ser, único dentre todos os outros povos deste planeta, torna-se rapidamente um gigante feroz, toda vez que ele pisa em seu pequeno campinho de futebol, seja este num descampado do seu bairro, no clube de sua cidade, no estádio do Morumbi ou do Maracanã; ou ainda melhor, na grandiosidade do rico solo vermelho do coração do nosso povo brasileiro.

David Lorenzon Ferreira – Rio Claro, 30 de abril de 2006.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Além das paredes da sala de aula universitária unespiana



Diálogo Pedagógico: “Todo ponto de vista é a vista de um ponto" (Leonardo Boff)

Ah! Meu caro Leonardo Boff, se me permite a usurpação, seria mesmo “Todo ponto de vista...” a expressão de um olhar trocado ao acaso entre minha ótica restrita ou mesmo de uma paisagem caleidoscópica?
Existe a verdade que é inventada muitas vezes pelas mídias de veiculação de massa em contrapartida de fatos incontestáveis, nesse universo (até mesmo no universitário) dos movimentos de sentidos alterados que controlam o pavio do barril de pólvora concentrado no corpo do ser humano, mantendo-o apagado (por precaução é claro!), cuja opinião a respeito do funcionamento da vida coletiva e privada distorce fatos reais em uma imagem condensada em mentiras criativas.
A sociedade se constitui por partes de um “todo” ou seria o “todo” fragmentado em partes singulares por diferenças coloridas, cuja criatividade particular encaminha suas células para vivenciarem experiências verdadeiramente relativas?
“Alegria... como um raio de vida... Alegria, Como um louco a gritar... Alegria... De um deleitoso grito, De uma triste pena, serena... Como uma raiva de amar... Alegria... Como uma explosão de júbilo... Alegria”. Alegria – Cirque Du Soleil.
E se nem tudo for como você quer ou vê? O que é que você vai fazer? Tu vais planejar conquistar o mundo e ditar Alegria a todas as pessoas de seu trono do poder (só se for ao sanitário) ou vai enxergar a realidade nua e crua em seus 360º graus cuja semelhança aparentemente lunática não corresponderá em um milésimo da essência de seu Ser (como expressar e compartilhar do seu melhor com o próximo?), em uma luta contra aqueles que acreditam fielmente que sua palavra ideológica “... é a vista de um ponto”, de um ponto final pontuado somente por eles.

David & Pedagogos do 4º ano de Pedagogia/UNESP/2010

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Rio Claro


Canção à Rio Claro

Minha terra tem um lindo
Céu azul de brigadeiro
Seu ar ainda é límpido
E o seu povo hospitaleiro

Como é bom ao amanhecer
Sentir o cheiro de café
O sertanejo a cantar
Na rádio de cá para lá

Bela terra essa minha
Plana terra pra andar
Vou a pé por ela toda
Sem ao menos me cansar

Grama verde e belo lago
Água azul, azul do mar
Nossa mata foi mais verde
E o Ribeirão já foi mais Claro

Nossa imagem consagrada
Povo forte e trabalhador
Luta o ano todo com alegria
Pela cidade já consagrada
A capital da alegria.


David L. Ferreira

Caipira x Paulistano

Caipiraulistano

Coisa curiosa, é o Rio-clarense
E todo povo bom do meu interior
Coisa majestosa, é sorrir com belos dentes
Mesmo que esses, sejam próteses sorridentes

Todo mundo e o mundo inteiro
São seres com distinção
Nesta terra de “caipiras”
Onde vivem como irmãos

Coisa estranha o transeunte
O popular de pé no chão
Que dá bom dia a todos
Do mendigo ao capitão

Muita gente não conheço
Nem seu familiar sou
Mas é no passeio público
Que meu lar cria extensão

Já pras bandas da nossa capital
Na grande Avenida Paulista e tal
Arreganhar os dentes é sinal
De ceder aquela moedinha afinal

A vida não tem, o tempo que demos a ela
Perca um tempinho pra sorrir pro vizinho
Olhe ao redor e (re) descobrirá
A solução de uma vida melhor.


David L. Ferreira

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Campi


UNESP

O paraíso é um lugar
Onde todos querem estar
A Universidade é o espaço
Onde o tempo não pode parar


A cada semestre um aprendizado
Com novos mestres para ensinar
A cada ano uma nova surpresa
Até o dia em que eu me formar.


David Lorenzon Ferreira

terça-feira, 18 de maio de 2010

... Flores ...



Buquê de Amor

Meu amor me deu rosas
Lindas e cheirosas rosas
Rosas de cor rosa
Dentre tantas rosas rosas
Havia lindas rosas rubras
Lindas e perfumadas rubras rosas
Que como o meu coração
Pulsam de intensa paixão
Fervendo-me de emoção
No calor da rubra cor
De onde brota o meu amor
Amor esse meu que é só seu
Te Amo.


David L. Ferreira/2006

Para todas as mulheres...




“Pantôn dôra” mulher

Em toda mulher, há um pouco de Pandora...
Segredos que, nós homens, não conseguimos entender...
E, males inimagináveis podem até surgir...
Se os seus sentimentos ousarmos ferir.
Dons magníficos lhes foram presenteados...
Graça, beleza e inteligência apurada...
Meiguice, habilidades mil e persuasão aguçada...
Detentora de inúmeros dons, genitora da humanidade...
Pilar de nossa raça, esperança de todos nós!

David Lorenzon Ferreira
14 de fevereiro de 2010
www.clirc.com.br

Há muito, muito tempo atrás, quando morei em São Paulo (dedicado a Adriana do Nascimento)





Nega “safada”

Um olhar sorridente, que só dela provêm
Com um gingado matreiro de mulata mulher
Uma nega danada, que sempre faz tudo o que quer...
Leva os caras no bico, pois é só com o Seu nego, não é?

Amável, sapeca e amiga, uma mulher decidida, linda!
Tem um gênio de rixa, então vê se não arrisca...
A nega é safada, sapeca e como esta está pra nascer,
Desfila sua graça mestiça, com charme de Oz à Cumbica.

Vive, trabalha e “pimba”; e só nas folgas alivia...
Chama seu nego e desfila, nas Palmeiras da Santa Cecília.
Tem um grande coração e também “Lê Grant Teton”,
Como sempre foi assim, ama a todos com muito ardor.

Nega “sem vergonha”, “safada” e “ordinária”
Totalmente brasileira, galopante e tropeira.
Um ser humano especial como tal,
Que eu jamais vi igual!

David Lorenzon Ferreira
06 de Setembro de 2006
(dedicado a Adriana do Nascimento)

domingo, 16 de maio de 2010

Todos a bordo!


Flight Attendants

“Aeromoça” – terminologia ultrapassada
Para denominar aeronautas – Stewards!
Do sexo feminino ou masculino
Comissários de vôo
Não são garçons de luxo
Apesar de servirem lanches
São técnicos em segurança de vôo
Comissários de bordo
São anjos a bordo no céu
Em aeronaves gigantes
Cruzando qualquer espaço aéreo
De norte a sul ou de leste a oeste
Em Boings, Airbus ou afins...
Servindo sua empresa, passageiros e gentis.

David Lorenzon Ferreira
16 de maio de 2010
www.clirc.com.br

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Pedagogicamente falando....


Teoria e Prática

Aprendemos desde cedo
As letras e os números inteiros
Passamos de férteis treineiros
À vestibulandos faceiros

Aplicamos conteúdos
Curriculares e extracurriculares enfim
E na prática atestamos
Nossos conhecimentos por fim

Passamos quatro ou cinco anos unidos
Para nossa formação conquistar
Almejamos sucesso
Na carreira onde iremos atuar

Essa época é muito marcante
(Universitários hoje - pedagogos do amanhã)
E nunca será esquecida por nós
Seguiremos nossa jornada
Construindo um futuro melhor.


David Lorenzon Ferreira
3° Ano de Pedagogia - UNESP
07 de junho de 2.009

terça-feira, 11 de maio de 2010

Apple Maçã Apple


Maçã

Fruto do pecado
Quero eu me afastar
Por obra do acaso
Na mulher foi enroscar

Fruto avermelhado
Que o desejo fez sangrar
Na alegria de dois jovens
Usurpando o bem estar

Fruto proibido
Do paraíso foi banido
Somente uma serpente
Para induzi-la ao sacrifício

Fruto do amor
Que traiu o coração
De um jovem apaixonado
Nosso irmão, querido Adão

Fruto do desfrute
Desdenhou por opção
A virtude dada em graça
Do paraíso jaz então.


David Lorenzon Ferreira – 2006
www.clirc.com.br

Vôo 3054 (TAM)


Vôo 3054 (TAM)

As lágrimas caíram do céu
Dos rostos dos anjos da guarda
Que esperavam seus protegidos
Na porta do Reino dos Céus

Gotas de chuva caíram na Terra
Ungindo as almas dos que estão partindo
Deixando saudade e muito carinho
Seu amor e lembrança aos entes queridos

DEUS recebe de volta seus filhos
Na harmonia de seu santo e eterno lar
Que seus corpos descansem na terra
E que suas almas se elevem em paz.

David Lorenzon Ferreira
18 de Julho de 2007, 13h13min
www.clirc.com.br

Vôo 1907


Vôo 1907

País de infinita beleza, Brasil de orgulho mil
Bela terra miscigenada com um céu todinho anil
Que orgulho temos nós, por Santos Dumont parir
Mas como ele agora, chora do céu por nós aqui

Muitos irmãos partiram para o plano superior
Deixando-nos saudade, mesmo com esta dor
Há coisas neste mundo que não tem explicação
Uma delas é “voar”, até mesmo sem avião

Peço a DEUS por eles todos nesta hora de aflição
Quando seus entes queridos choram prantos de emoção
Foi perda aqui, mas foi ganho lá, onde na GOL embarcaram
Algumas pessoas com destino e sem escala ao paraíso.

David Lorenzon Ferreira,
Setembro de 2006.
www.clirc.com.br

segunda-feira, 10 de maio de 2010

EDUCATION = EDUCAÇÃO ?



"Meretriztização da Formação Pedagógica"
Era uma vez uma “cidade encantada” onde havia cinco faculdades privadas pagas e uma Universidade pública consagrada. Nela, profissionais diversos eram formados, porém sua (i) moralidade humana era bem pouco contestada. Não apenas por ser no Brasil ou pelo serviço público prestado por ela ser laica, gratuita e de qualidade para todos. Enfim, existe também no setor privado pago, a meretriztização sã e alienada da formAção pedagógica presencial ou à distanciAção.
Toda área de humanas, exatas ou biológicas, possui sua pedagogia própria e singular no que diz respeito às especificidades de cada área em questão. A degradação das relações humanas é refletida na troca de favores protocolados e em serviços permutáveis entre docentes e discentes neste universo universitário universal e uníssono.
Não podemos nos esquecer do fio do preconceito que compõe esta teia de intrigas, submerso na manta da hipocrisia humana, quando nos despimos das crenças, raças, dos gêneros e da condição social que cada ser humano carrega durante sua vida, salvaguardado da herança genética e enraizado na sociedade humana desde o princípio dos tempos.
Constatamos por fim, a função de “cocotes”, grifo este meu e livre do gênero ao qual este ser humano pertença em suas relações acadêmicas. O discurso político exemplar, notório e merecedor dos aplausos externos constituem o cenário ideológico que se quer vender, através de vitrines que meçam os índices de desenvolvimento humano em educação dos discentes e a produção acadêmica de qualidade tanto desses alunos, quanto dos professores contratados em regime de dedicação (semi) exclusiva.
Porém, o produto final após anos de dedicação aos estudos, sejam estes com ou sem bolsas acadêmicas, em pesquisas de iniciação cientifica e entre outras trocas de favores dentre atores antagônicos e seus pares, resulta em uma sub-relação “feudal” daqueles que dominam um pensamento hipoteticamente hegemônico e que querem dele se servir para justificar sua aparente superioridade e, esta devido aos títulos concedidos por outros homens mortais como nós, mas portadores de tais títulos exibidos em seus currículos acadêmicos ou mesmo pela cátedra que ocupam. Sobrepõem-se desta forma, àqueles que possuem além do livre arbítrio concebido pelo Pai Eterno, do conhecimento de mundo adquirido, que os levam a pensar por si mesmos, faz com que a decepção e a revolta com as práticas pedagógicas sejam constantes, mas, infelizmente relevantes a esses oráculos auto-intitulados deuses do saber e da (des) educação aplicada no eterno país do faz de contas em questão.
Este reino encantado outrora pueril possui estreitas semelhanças com o mundo da escola da vida, que tem formado milhões de “meretrizes”, “cocotes”, “damas” e “cavalheiros de companhia” para abastecer o rico cenário da hipocrisia dominante no país do carnaval tropical sul-americano, que desde seu simbólico descobrimento, só entra pelo cano. Cabe aqui salientar que tais relações estão vinculadas a força do capitalismo que através de sua infra-estrutura, cerceia qualquer anseio pleno de liberdade democrática almejado historicamente pela superestrutura social.
Voltemos nosso olhar à escola pública, raiz material dos problemas sociais epidêmicos deste nosso país em crescimento hipoteticamente acelerado; pois sendo um Aparelho Ideológico do Estado (AIE) que ela é, a escola pública sobrevive às reformas governamentais singulares a cada governo bipolar vigente, o que não altera as características dos ciclos de ensino e o conteúdo de seu currículo enfraquecido por atividades extracurriculares que depredam ainda mais a estrutura da tão sonhada educação pública laica, gratuita e de qualidade para todos.
A situação atual do ensino é perturbadora, pois salvo as obrigações com o ensino formal que cabe ao Estado - é claro, outra tarefa foi atribuída aos professores do Ensino Infantil, Fundamental e Médio, doutores da alegria na função de animar as disciplinas ministradas e orquestradas por um dos órgãos do AIE (Aparelho Ideológico do Estado); que por muitas vezes fica a cargo (extra) dos docentes no Ensino Superior, ou seja, a educação moral, os princípios e os valores humanos, deixaram de ser ensinados em seus lares por seus genitores, que acreditam fielmente que o Estado deva também exercer o papel de pai e mãe em suas unidades escolares.
Desta forma, o papel do professor em sala de aula foi totalmente descontextualizado de sua natureza essencial e sadia, devido à crescente falta de respeito nas salas de aula de todo o país. Assim, os professores, outrora bem formados, não conseguem mais ministrar suas aulas com qualidade e desta forma perdem o controle de seu pueril alunado. Estes por sua vez, ignorando plenamente o que sejam os direitos e deveres de um cidadão brasileiro, conforme roga a nossa Constituição Federal, se servem de leis criadas para eles no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), para agredirem, expurgarem e ferir seus mestres docentes.
Poderíamos desta forma, classificar temporariamente os alunos de cada ciclo da educação pública e privada paga brasileira, como patologias clínicas distintas, almejando Mudanças Já!. Quando realmente a reconhecermos como uma das feridas mais graves de nossa sociedade de classes - e que não para de crescer, haverá uma esperança concreta – e não mais abstrata, para que essas sejam estancadas, medicadas, quiçá curadas; sendo assim, nossas crianças e jovens poderão realmente vivenciar um futuro melhor, talvez não para si, mas para os netos dos netos de seus netos.
Infelizmente, o que presenciamos nas unidades escolares são alunos que possuem um péssimo comportamento social, dando assim um mau exemplo para seus pares. Estes poderiam ser denominados de Selvagens (para alunos do 1° ao 5° ano do Ensino Fundamental I), de Bárbaros (para alunos do 6° ao 9° ano do Ensino Fundamental II), a Era do Caos (vivenciados por alunos do 1° ao 3° ano do Ensino Médio) e a Era da Pasmaceira, Alienação ou da Inquietação (vivenciados por alunos universitários).
Descortinado o palco da mais grave patologia da sociedade brasileira, queremos acreditar que um dia a infecção do analfabetismo, mesmo que funcional, seja cerceada plenamente para que por fim formemos cidadãos críticos e reflexivos, conforme reza a bula de todos os Projetos Políticos Pedagógicos (PPP) das Unidades Escolares (UE) existentes em nosso Brasil Varonil do Monte Caburaí ao Chuí.
Aplausos e respaldos não vão faltar, para aqueles que desta peça empírica tupiniquim quiserem participar, uma cena demasiadamente bem ensaiada, pautadas em métodos fundamentados fenomenologicamente incontestáveis de acordo com os registros históricos nacionais, que constituem e perpetuam os herdeiros de um corpo docente ora tradicional ora construtivista, além é claro, de um corpo discente parcialmente ora alienado e ora formado por militantes anarquistas e pelos rebeldes digitais sem causa, que continuam dissipando uma ideologia plagiada em várias teorias e métodos mal formulados e assim adi eterno seu serviço continuarão a (em) prestar, se servindo da etérea bolacha pedagógica para se calar.

David Lorenzon Ferreira
21 de junho de 2.008. 15h46min.
23 de junho de 2.009. 14h52min.

Médicos & pacientes: uma relação de amizade / organização Márcio Martelli, Ruth de Almeida Rodrigues. - - Jundiaí, SP: Editora In House, 2009. P. 46-49. ISBN 978-85-7899-039-8

Poems


Apaixonado

Seja meu último amor
Pois o primeiro já passou
Construa uma história comigo
Como você nunca sonhou

Cuide de mim para sempre
Que eu quero de ti cuidar
Meu coração está aberto
Estou pronto pra te amar

Você cruzou o meu caminho
Com uma ajuda lá do céu
Quero muito estar contigo
Vem comigo, vem amar.

David Lorenzon Ferreira
14/09/2007, 17h24min

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